quarta-feira, 29 de abril de 2015

Organizações humanitárias enviam ajuda para o Nepal

Organizações humanitárias enviam ajuda para o NepalDificuldades com transporte e comunicação dificultam chegada de auxílio.Índia, China e União Européia enviam mantimentos, dinheiro e equipes.

O cão Racker, aguarda o embarque das equipes de resgate da Força Aérea dos Estados Unidos no domingo (26) para o Nepal, que foi atingido por um terremoto de 7,8 de magnitude no sábado (25). As equipes embarcaram em um C-17 com seis K-9s na base aérea de Dover, em Delaware. O grupo irá auxiliar nas buscas a sobreviventes presos sob os escombros (Foto: William Johnson/Reuters)
Organizações humanitárias do mundo inteiro pedem ajuda para o Nepal, mas as dificuldades de transporte e comunicação, comuns quando países pobres são atingidos por esse tipo de tragédia, fazem com que essa ajuda demore ou nem chegue a quem precisa.
ONU anunciou a liberação de U$ 15 milhões para aliviar os efeitos da crise humanitária no Nepal. E reconhece que é pouco dinheiro diante da dimensão da tragédia.

A Organização Mundial da Saúde está enviando médicos e kits de emergência. Entidades como Unicef, Cruz Vermelha e Exército da Salvação estão recebendo doações pela internet. O dinheiro é usado para comprar roupas, tendas e produtos de higiene.

O Canadá ofereceu U$ 5 milhões. Os Estados Unidos prometeram U$ 10 milhões, além de equipes de busca e resgate. A avalanche no Everest provocada pelo terremoto deixou pelo menos 17 mortos, três são americanos.

Um avião com mantimentos vindo da Índia teve que voltar porque não conseguiu pousar no aeroporto de Katmandu, onde a situação está muito confusa.

Apesar disso, equipes de resgate de vários países conseguiram desembarcar. Franceses mandaram cães farejadores para ajudar a localizar sobreviventes. A China, vizinha do Nepal, já mandou equipes de resgate e hoje prometeu o equivalente a quase R$ 10 milhões em geradores e cobertores e avisou que vai mandar mais conforme a necessidade. A Cruz Vermelha chinesa está embarcando 1.500 barracas.

A China também tem que lidar com as consequências do terremoto no próprio país, na região autônoma do Tibete, onde 20 pessoas morreram. Mantimentos estão sendo enviados de trem e helicóptero.

A União Européia também prometeu o equivalente a R$ 10 milhões.

O Itamaraty, no Brasil, divulgou dois números de emergência para onde é possível ligar para ter informações:

Ligações no Brasil: 61 8197-2284
Ligações para o Nepal: + 9771 472 1378

Também é possível conferir a lista e divulgar desaparecidos clicando aqui. Do lado esquerdo da página, clicando em “search”, você encontra uma lista das pessoas desaparecidas e daquelas que comunicaram que estão vivas. Do lado direito, em “register”, é possível comunicar que a pessoa está viva ou desaparecida.

A Cruz Vermelha brasileira começou uma campanha para arrecadar recursos para as vítimas do terremoto no Nepal. As pessoas que quiserem contribuir podem fazer doações seguindo os dados abaixo:

Cruz Vermelha Brasileira
CNPJ: 33651803/0001-65
Banco Bradesco, agência 1276. Conta corrente: 15513-6

Fontes: VejaG1 e Cruz vermelha


domingo, 26 de abril de 2015

Atenção Ham Radio Operators

Atenção Ham Radio Operators
NEPAL EARTHQUAKE EMERGENCY FREEQUNCIES.


PRESIDENTE DE AGÊNCIA JAPONESA VISITA DEFESA CIVIL DE PETRÓPOLIS RJ


O presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Koji Nishiyama, esteve em Petrópolis nesta semana conhecendo a sede da Secretaria de Proteção e Defesa Civil e comunidades onde existem áreas de risco. A visita faz parte da parceria de quatro anos, firmada em 2013, entre a Jica e o governo brasileiro para a prevenção de desastres das chuvas em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau.

Nishiyama e assessores foram recebidos pelo Secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão. Eles fizeram perguntas técnicas sobre as ações de Defesa Civil de prevenção e de resposta as chuvas, para conhecer mais a realidade petropolitana. Para o presidente da Jica, a parceria vem avançando.

“Sabemos que o projeto tem avançado com o ótimo relacionamento que temos com o Brasil. Em relação a Petrópolis, vimos que nossas experiências podem ser aplicadas aqui, mas também temos aprendido muito também, até porque, no Japão, os escorregamentos de massa também são constantes e intermináveis. Para se avançar em prevenção, é importante buscar várias soluções, mas há algo ainda mais necessário: a comunicação dos riscos com a comunidade, porque é a comunidade que vai colocar em prática qualquer ação. Os moradores são os atores principais”, disse Nishiyama.

Ao fim dos quatro anos da parceria, a Jica irá produzir manuais voltados para Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau sobre alertas antecipados, planejamento urbano e mapeamento de risco. Para produzir esses manuais, a Jica vem custeando um constante intercâmbio de técnicos entre os dois países. “Petrópolis foi prestigiada com a visita do presidente da Jica. É uma parceria muito importante para o município, que poderá gerar novos saltos em relação à prevenção de desastres das chuvas. Nas reuniões setoriais da parceria, vemos que estamos avançando, com os debates cada vez mais aprofundados sobre os três eixos dessa união”, disse Simão.

A comitiva visitou as comunidades de Otto Reymarus, no Lagoinha, e da Vila São Joaquim, no Quitandinha.




Calbuco despertou após 50 anos de sono profundo

Vulcão Calbuco, no Chile, não deve ter outra grande erupção.










Autoridades reduziram a probabilidade de mais uma grande erupção do vulcão Calbuco, embora ele tenha permanecido ativo neste sábado e as nuvens de cinzas já ejetadas tenham provocado cancelamentos de mais voos.
Rodrigo Alvarez, chefe do Serviço Nacional de Mineração e Geologia do país, disse à rede de televisão TVN que a atividade sísmica do Calbuco mudou e que os especialistas já não esperam qualquer erupção adicional que exceda as de quarta-feira e quinta-feira.
Alvarez ressaltou, entretanto, que o vulcão deve continuar ativo e novas erupções ainda são possíveis.
Alguns voos foram cancelados neste sábado, com as cinzas do Calbuco distribuídas pela metade do sul da América do Sul, embora a maioria dos voos não tenha sido afetada.
Mais de 6 mil pessoas foram evacuadas da região, e as autoridades estão mantendo a zona de exclusão de 20 quilômetros em torno do vulcão.
Fonte:http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/vulcao-calbuco-no-chile-nao-deve-ter-outra-grande-erupcao

Desespero no Nepal após terremoto

Fotos chocantes mostram o desespero no Nepal após terremoto.















 Um terremoto de magnitude 7,8 devastou o Nepal na madrugada deste sábado. Até o momento, quase 900 mortes foram registradas em diferentes locais do país e também nos países vizinhos Tibete, Bangladesh e deixou rastros também na Índia e na China. A expectativa é que as fatalidades decorridas deste desastre continuem a subir.
Os tremores causaram também uma avalanche no Monte Everest, a maior montanha do mundo. Estima-se que oito montanhistas que estavam no acampamento base e preparando para a escalada tenham morrido. Outros 30 constam entre os feridos.
De acordo com autoridades locais, o terremoto foi o maior a atingir o Nepal desde um incidente de magnitude 8,4 que ocorreu nos idos de 1934. Na ocasião, o número de mortes ultrapassou a marca de 10 mil.
Fonte:http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/fotos-chocantes-mostram-o-desespero-no-nepal-apos-terremoto#1


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Construindo Comunidades Resilientes




Daremos Continuidade ao nosso Terceiro Post, se não viram os outros, volte lá e depois retorne para cá. Nesse post iremos abordar acerca da Classificação dos EAS:
Como visto anteriormente, as características particulares de cada edificação quanto a sua área, altura, volumetria e ocupação prevista são determinantes de sua utilização e influenciam diretamente os vetores da propagação de um eventual sinistro de incêndio, portanto, essas mesmas características devem ser utilizadas para determinar as medidas mínimas de segurança contra incêndio a serem adotadas como base das ações de prevenção. 


Assim, para uniformizar a tratativa das medidas de segurança contra incêndio nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, adotou-se uma metodologia de classificação para tipificar as edificações: 

Tabela 1 – Classificação dos EAS quanto à área:


* Tipo / Denominação / Área:

- A-I Edificação Pequena A ≤ 750 m2 

- A-II Edificação Média 750 m2 ≤ A ≤ 1.500 m2 

- A-III Edificação Intermediária 1.500 m2 < A ≤ 5.000 m2 

- A-IV Edificação Grande 5.000 m2 < A ≤ 10.000 m2 

- A-V Edificação Muito Grande Acima de 10.000 m2


Tabela 2 – Classificação dos EAS quanto à altura:


* Tipo / Denominação / Altura:

 - H-I Edificação Térrea Um pavimento único 

- H-II Edificação Muito Baixa 3,00 m ≤ H ≤ 12,00 m 

- H-III Edificação Baixa 12,00 m < H ≤ 24,00 m 

- H-IV Edificação Média 24,00 m < H ≤ 30,00 m 

- H-V Edificação Alta 30,00 m < H ≤ 45,00 m 

- H-VI Edificação Muito Alta Acima de 45,00 m

Tabela 3 – Classificação dos EAS quanto ao atendimento ou estrutura física:


* Tipo / Atendimento / Exemplos (estruturas físicas):

- E-I Atenção Primária • Agências Transfusionais • Centros ou Postos de Saúde • Consultórios Individualizados • Laboratórios de Análises Clínicas • Unidade Básica de Saúde • Unidade de Saúde da Família

- E-II Atenção Secundária • Ambulatórios • Hospital Dia • Laboratórios de Diagnóstico por Imagens • Policlínica • Prontos-Socorros (sem internação) • UPAS

- E-III Atenção Terciária ou com Internação • Complexos Hospitalares • Hospitais Locais (de qualquer porte) • Hospitais Gerais (de qualquer porte) • Hospitais Regionais (de qualquer porte) • Hospitais de Base ou Referência • Hospitais Especializados • Maternidade

Considerando o desenvolvimento de um novo Estabelecimento Assistencial de Saúde, recomenda-se, ainda na fase de estudo preliminar, realizar uma projeção da área necessária para atendimento do programa de necessidades e as possíveis soluções de volumetria decorrentes, com a definição de número de pavimentos, a definição do pavimento de descarga e assim definir as alturas aproximadas das alternativas para o partido arquitetônico.

Com a volumetria preliminarmente definida para cada alternativa de partido, deve-se então classificar os partidos de solução para o EAS conforme metodologia de enquadramento proposta nas tabelas anteriores e, assim, proceder a uma análise crítica dos requisitos mínimos de segurança contra incêndio de cada uma dessas alternativas, verificando as necessidades de medidas especiais complementares, como parte do processo de análise de viabilidade técnica. 

De maneira análoga, no caso de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde existentes, sugere-se a realização da classificação conforme metodologia de enquadramento nas tabelas e em seguida, fazer a análise crítica dos requisitos mínimos de segurança contra incêndio do EAS, confrontando os resultados com as medidas efetivamente existentes e em funcionamento, orientando as prioridades e investimentos em melhorias. 

Recomenda-se que todos os EAS possuam as seguintes condições mínimas de segurança contra incêndio, definidas como Sistema Básico de Segurança Contra Incêndio (SBSI):

1) Acesso de viatura à edificação. 

2) Segurança estrutural contra incêndio. 

3) Controle de materiais de acabamento e revestimento. 

4) Sinalização de emergência. 

5) Rotas de fuga e saídas de emergência. 

6) Iluminação de emergência. 

7) Alarme de incêndio. 

8) Extintores. 

9) Brigada de incêndio. 

10) Plano de emergência contra incêndio.

Em função da altura, da área, dos serviços ou de outras características particulares do EAS, recomenda-se que a edificação possua as instalações do sistema básico (ou SBSI) e, adicionalmente, os Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio (SESI) conforme determinados na Tabela 4 a seguir, devendo ser observadas as ressalvas apresentadas em notas transcritas a seguir:

1) Compartimentação Horizontal e Vertical. 

2) Sistema de Detecção Automática de Incêndio. 

3) Sistema de Hidrantes e Mangotinhos. 

4) Sistema de Chuveiros Automáticos. 

5) Sistema de Controle de Fumaça.

Tabela 4 – Necessidades de Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio:


* Sistemas de Segurança Contra Incêndio / Edificações Assistenciais de Saúde / Classificação quanto à altura (em metros) / Térrea 3 < h ≤ 12 12 < h ≤ 24 24 < h ≤ 30 30 < h ≤ 45 Acima de 45:


- Sistema Básico X X X X X X

- Compartimentação Horizontal X1,2,3,4 X1,4 X4 X X X

- Compartimentação Vertical - X1,5 X5 X5 X X

- Detecção de Incêndio X1 X X X X X

- Hidrantes ou Mangotinhos X1 X1 X X X X

- Chuveiros Automáticos - - - X X X

- Controle de Fumaça - - - - - X

Considerando a obrigatoriedade de assegurar-se a continuidade das operações dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde de referência, bem como a necessidade de proteger os altos investimentos realizados em determinados equipamentos de diagnóstico por imagem ou ainda em sistemas de informática específicos, deve-se cogitar implementar, adicionalmente aos Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio, modernos sistemas complementares de supressão automática de incêndio através de agentes extintores limpos.

Por Hoje, é Só! Vejo vocês no nosso Quarto Artigo. Até lá! Fiquem a Vontade para Curtir, Compartilhar, Twittar, Fazer Comentários ou Dar Sugestões.









Referências:
http://www.revistaemergencia.com.br/materias/cartilhas_manuais/politica_nacional_de_atencao_as_urgencias/Jyy4AQ

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Construindo Comunidades Resilientes

Entendendo a Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Parte 2/5


Daremos continuidade ao nosso segundo post, caso não tenham visto o primeiro, volte lá e depois retorne para cá. Nesse post iremos falar um pouco acerca da conceituação da Fogo.

Fogo é a oxidação rápida, autossustentada por meio de uma reação exotérmica de uma substância combustível com um oxidante, acompanhada de emissão de intensidade variada de calor, luz e fumaça (Coté et al, 2002). 

Para que o fogo exista, é necessária a presença simultânea de Quatro Elementos, São Eles: 

* Combustível, Comburente (normalmente o oxigênio), Calor e Reação em Cadeia. 

Para efeito didático, normalmente esses elementos são comumente representados na forma de um tetraedro.

Assim, define-se incêndio como sendo o fogo disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço (ISO 8421-1), causando danos e prejuízos à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente. 

Objetivando uniformizar a linguagem e as soluções de combate ao fogo (principalmente no que tange à utilização de extintores portáteis), dividem-se os incêndios em função do material em combustão nas seguintes “classes” (letras) e símbolos padronizados: 

- CLASSE A: Fogo em materiais combustíveis sólidos comuns:

* Madeira, Papel, Tecido e Outros Materiais Fibrosos, Lixo, Borracha, Plásticos Termoestá- veis, Fibras Orgânicas e outros) que queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos.

- CLASSE B: Fogo em líquidos ou gases inflamáveis ou combustíveis, ou ainda em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão:

* GLP, Gasolina, Óleos Combustíveis, Tintas, Parafina e Outros) que queimam somente em superfície. 

- CLASSE C: Fogo envolvendo equipamentos elétricos energizados:

 * Painéis Elétricos, Motores, Cabos, Equipamentos Elétricos e Outros).

- CLASSE D: Fogo em metais ou ligas metálicas combustíveis:

* Materiais Pirofóricos como, Magnésio, Fósforo, Titânio, Alumínio, Lítio, Sódio, Potássio, Zinco, Urânio, etc.). 

- CLASSE K: Fogo em óleos ou gorduras vegetais ou animais, utilizados na cocção.

Não existem incêndios iguais, pois as características de cada incêndio são determinadas por diversos fatores, dentre os quais, destacam-se (Seito et al., 2008): 

a) Forma geométrica e dimensões da área atingida. 

b) Superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos. 

c) Distribuição dos materiais combustíveis no ambiente. 

d) Quantidade de material combustível incorporado ou temporário. 

e) Características de queima dos materiais envolvidos. 

f) Local do início do incêndio no ambiente. 

g) Condições ambientais (temperatura, pressão e umidade relativa).

h) Ventilação do ambiente atingido e localização das penetrações desse ambiente. 

i) Aberturas desprotegidas entre ambientes adjacentes. 

j) Projeto arquitetônico do ambiente e de seu entorno. 

k) Medidas de prevenção contra incêndios existentes.

Num primeiro estágio do incêndio, verifica-se uma fase de latência (pré-ignição), ou seja, a combustão muito lenta, com pouca produção de calor e baixa emissão de gases combustíveis e fumaça. 

Esse primeiro estágio, em casos muito particulares, pode durar até horas. Ainda nessa etapa, verifica-se a efetiva deflagração de chama aberta (ou ignição). Destaca-se que nesse estágio, a movimentação da fumaça ainda é muito pequena e deve-se exclusivamente ao fluxo de ar ambiente, resultando em grande dificuldade de percepção.

Já no segundo estágio, verifica-se o crescimento do incêndio com a propagação do fogo para objetos adjacentes ou ainda para a cobertura ou teto do ambiente. Percebe-se o aumento significativo da temperatura, com grande geração de fumaça e calor.

A transmissão de calor (ou energia) durante o incêndio se dá por condução, convecção e radiação e assim influencia a manutenção, o crescimento, a velocidade do fogo (tempo de queima) e a propagação do próprio incêndio. 

Quando a temperatura dos gases quentes junto ao teto do ambiente de origem atinge valores superiores a 600°C, todo o ambiente é tomado por gases e vapores combustíveis desenvolvidos a partir da pirólise dos combustíveis sólidos ou ainda pela vaporização dos líquidos combustíveis até atingir a inflamação generalizada (ou flashover) quando esse ambiente é inteiramente tomado por grandes labaredas. 

Em um ambiente com oxigênio em abundância, a inflamação generalizada ocorre em um tempo máximo de 20 minutos após o início do incêndio (Marti’n e Peris, 1982).

Após a inflamação generalizada tem-se o incêndio desenvolvido, ou terceiro estágio, quando todos os materiais combustíveis do ambiente entrarão em combustão (Seito et al., 2008) e provavelmente haverá propagação por meio das aberturas internas, fachadas e cobertura. 

A razão de desenvolvimento do calor numa situação de incêndio é diretamente proporcional ao consumo de massa de combustível e do seu efetivo poder calorífico e, assim nessa fase o incêndio pode atingir valores de temperatura acima de 1.100°C (Seito et al., 2008), sendo fundamentalmente limitado pela carga incêndio (quantidade, características dos materiais e disposição desses no ambiente) e pela ventilação (quantidade de comburente disponível no ambiente e aberturas para propiciar a queima dos materiais). 

Assim, têm-se dois “padrões” distintos de evolução dos incêndios, ou seja, os incêndios com desenvolvimento controlado por sua ventilação e os incêndios com desenvolvimento controlado por sua carga incêndio, cada qual com suas características próprias e diferentes riscos. 

Na terceiro estágio, a reação ao fogo dos elementos construtivos e de acabamento é fundamental, definindo a velocidade de alastramento do incêndio e determinando as oportunidades de salvamento de pessoas e bens. 

Em seguida vem o quarto e último estágio do incêndio, ou extinção do fogo, quando esse diminui de intensidade em razão da redução da disponibilidade de material combustível para queima.

É evidente que quanto mais rápida a intervenção para controlar e extinguir o incêndio, maior a probabilidade de sucesso da ação, ao mesmo tempo em que menores serão os recursos necessários para o combate às chamas e os prejuízos advindos do incidente. A extinção do incêndio se dá através de uma ação para romper o tetraedro do fogo. 

Eliminando-se qualquer um dos quatro elementos essenciais para a manutenção do fogo, interrompe-se o processo de combustão e, consequentemente, o incêndio. Assim, pode-se eliminar, afastar ou bloquear o combustível (isolamento), embora isso nem sempre seja possível. 

Pode-se reduzir, eliminar ou afastar o comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por outro gás não comburente (inerte). Pode-se eliminar o calor através do resfriamento no ponto em que ocorre a queima ou combustão ou, ainda, pode-se interromper a reação em cadeia. 

A fumaça desenvolvida no incêndio minimiza o entendimento da sinalização de segurança, provoca lacrimejamento, tosse, sufocação, debilitando a movimentação das pessoas e gerando pânico, dificultando muito o acesso às rotas de fuga. 

A fumaça é a concentração visível de partículas sólidas e/ou líquidas em suspensão gasosa, resultante da combustão ou pirólise (ISO/GUIDE 52/TAG5, 1990). 

A composição química da fumaça é altamente complexa, assim como o mecanismo de formação (Seito et al., 2008), sendo a principal responsável no agravamento das dificuldades do abandono organizado das edificações.

Portanto, verifica-se ser fundamental conhecer o comportamento dos materiais construtivos, dos materiais de revestimento e dos acabamentos quanto a sua reação ao fogo. 

Dentre as diversas características apresentadas pelos materiais frente ao fogo, considera-se:

* Velocidade de propagação superficial da chama, a densidade óptica específica (obscurecimento da luz no ambiente) além da toxicidade em si, pois têm um papel determinante na eficácia das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação. 

Os efeitos negativos da fumaça são contundentes já que tanto a evasão dos usuários dessa quanto os trabalhos de salvamento, resgate e combate pelo corpo de bombeiros ou pela brigada ficam severamente prejudicados pela falta de visibilidade (Mitidieri, 2008). 

A propagação de fumaça em uma edificação é muito rápida por ser carregada pelos gases quentes (Mitidieri, 2008), portanto, torna-se necessário implementar medidas efetivas para conter e controlar seu alastramento vertical e/ou horizontal com eficiência e rapidez, através de recursos de compartimentação. Já a ação química da fumaça sobre o organismo humano é ainda mais intensa em razão da presença de gases tóxicos. 

Os efeitos irritantes da fumaça causam sérias lesões, afetando mucosas, brônquios e particularmente os olhos (Mitidieri, 2008). 

As condições críticas durante um incêndio em uma edificação ocorrem quando a temperatura excede 75°C e/ou o nível de oxigênio (normalmente em torno de 21% no ar) cai abaixo de 10% ou ainda quando as concentrações de monóxido de carbono (CO) ultrapassam 5.000 ppm (The Fire Service College, 1995). 

Tais condições adversas induzem sentimentos de insegurança que podem vir a gerar descontrole e pânico (Araujo, 2008).

Do total de vítimas fatais em um incêndio, cerca de 51% vêm a falecer em razão da inalação de fumaça, 23% falecem em decorrência de inalação de fumaça e queimaduras, perfazendo assim 74% das fatalidades de um incêndio em decorrência da fumaça, enquanto cerca de 24% vêm a óbito exclusivamente em razão de queimaduras e 2% por outros motivos (John R. Hall, 2011). 

Os meios de escape devem ser constituídos por rotas seguras que proporcionem aos ocupantes escapar em caso de incêndio de qualquer ponto da edificação para um lugar seguro fora de edificação, sem assistência exterior (The Fire Service College, 1995). 

Edificação segura contra incêndio é aquela adequadamente projetada, executada e mantida a fim de minimizar a probabilidade do início de um incêndio, mas na eventualidade da ocorrência de um incêndio, há alta probabilidade de que todos os ocupantes sobrevivam sem sofrer qualquer ferimento e no qual os danos à propriedade serão confinados às vizinhanças imediatas do local de origem do fogo. (Adaptado de Harmathy, 1984, apud Berto, 1991). 

A melhoria das condições de segurança contra incêndio é obtida através de medidas de prevenção e de medidas de proteção: 

Medidas de prevenção de incêndios são aquelas destinadas a minimizar os riscos de ocorrência de incêndios e compreendem, dentre outras: 

* Redução das fontes de ignição, arranjos e construções físicas normalizadas, conscientiza- ção e manutenção preventiva e corretiva dos sistemas, bem como a preparação para correta atuação caso ocorram, através de Treinamento, Reciclagem Constante e Realização de Simulados.

Medidas de proteção contra incêndios são aquelas destinadas a minimizar os danos decorrentes de um incêndio, limitando seu crescimento, sua propagação para outros ambientes e propiciando condições de combate às chamas, sua extinção ou até sua autoextinção. Essas medidas subdividem-se em medidas de proteção passiva e medidas de proteção ativa:

• Medidas de proteção passiva são aquelas associadas a aspectos construtivos intrínsecos à edificação ou aos processos nela contidos e compreendem: 

* Seleção de materiais e procedimentos de fabricação e instalação, incluindo, onde aplicável, atendimento aos afastamentos mínimos, barreiras corta-fogo e fumaça e/ou enclausuramento, selagens corta-fogo e outros. 

• Medidas de proteção ativa são aquelas acionadas somente por ocasião do incêndio e compreendem:

* Sistemas fixos de detecção, de alarme, de extinção com ação manual (extintores e hidrantes), de supressão com ação automática, registros, dampers corta-fogo e fumaça com acionamento eletromecânico e dispositivos de intertravamento para bloqueio de fontes de energia elétrica do sistema de condicionamento de ar e ventilação e das fontes de energia elétrica e combustível.

Ressalta-se que o preparo para resposta em situação de emergência através do efetivo treinamento contínuo (simulados) do plano de intervenção de incêndio e a prática do plano de abandono de uma edificação são certamente os grandes responsáveis por minimizar o número de vítimas na eventualidade de um sinistro.

Conforme pesquisa realizada pelo Nacional Institute of Standards and Technology – NIST (EUA), após entrevistar sobreviventes do processo de evacuação das torres gêmeas do World Trade Center em Nova York (EUA), chegou-se à conclusão que as pessoas que sobreviveram a esse terrível incidente levaram em média 6 (seis) minutos para reagir e tomar a decisão de evacuar os edifícios. 

A maioria dos sobreviventes se sentiu “paralisada” nos primeiros minutos, sem saber o que fazer. Muitos arrumaram suas mesas, desligaram os computadores, pegaram o livro que estavam lendo e deram telefonemas, em vez de saírem rápida e instintivamente em direção às escadas de emergência (Moncada, 2005).

Por Hoje, é Só! Daremos Continuidade no Terceiro Post. Até Lá! Fiquem a Vontade para Curtir, Compartilhar, Twittar, Fazer Comentários ou Dar Sugestões.









Referências:
http://www.revistaemergencia.com.br/materias/cartilhas_manuais/politica_nacional_de_atencao_as_urgencias/Jyy4AQ